Entre torres, lagos e neve em Zurique, Suíça
Impressões de uma brasileira sobre Zurique
Uma visita em maio de 1995 - Diário
Roteiro: Amsterdam (Holanda), Frankfurt (Alemanha), Zurique (Suíça), Innsbruck(Áustria), Veneza, Florença e Roma (Itália).
Por: Adriana Aguiar Ribeiro
“ Após uma viagem de trem desde Frankfurt, cruzando paisagens inusitadas, salpicadas de branco nevado, finalmente chegamos a Zurique, realizando meu grande desejo de conhecer a Suíça!
É uma cidadezinha encantadora! Apesar da Haupbanhof (estação central de trem) não ser das mais bonitas, a cidade compensa em beleza. Muitas ladeiras com ruas estreitas, cobertas de pedras, levam-nos a lugares surpreendentes. A arquitetura é rica e delicada: como uma grande catedral cinza, com o topo de sua torre em vermelho sangue e detalhes em ouro, na Altstadt (cidade histórica). A igreja de Fraumünster, com sua torre longilínea e verde esmorecido, é enfeitada com mais detalhes em ouro. Perco a conta
do que mais detalhar sobre tantas torres espalhadas por esta cidadezinha. Perco a hora vagando por ruelas, subindo ladeiras estreitas ladeadas por seus prédios coloridos, com esporádicos balcões – tipo uma sacada ou varanda, cobertos de vidro. Tudo muito ornamentado, com placas artesanais, em madeira, ferro ou bronze, anunciando cafeterias que parecem um antro encantado, com vitrines recheadas de chocolates e doces coloridos por topos diversos de frutas vermelhas, caramelos brilhantes e cremes . A verdadeira corrupção para o paladar!
E não bastasse o cruzar de pontes sobre o rio Limmat, de um lado ao outro desta cidade transportada por bondes matizados, sobre trilhos incertos, tem a beleza do lago, com seus cisnes e os Alpes nevados ao fundo.
Ontem à tardinha saímos para passear as margens do lindo lago de Zurique. Pelo caminho encontramos pessoas, cães, cisnes e patos selvagens. Gente com bolsinhas cheias de pães picadinhos alimentando as aves. Conheci uma brasileira, Eliane, com seu marido inglês Toby? , seu filho caio, de 5 anos, nascido na Inglaterra, e Lara, então com meses e nascida em Luxemburgo (...) De repente, uma
nevasca nos surpreendeu pelo caminho. Toby e Eliane nos convidaram para um café em sua casa. Foi muito agradável! Saímos de lá tarde, porém aquecidos! (Eliane, quem sabe um dia você lê esse diário publicado nos tempos de internet e faz um contato, há tanto perdido...)
Deveríamos amanhã pegar um voo para Viena. Mas fizemos uma mudança radical em nossos planos: desistimos do voo. Mudamos o roteiro. Vamos pegar um trem direto para Innsbruck (Aústria). Começamos a achar que essa ida a Viena nos deslocará muito em nossa longa viagem, tornando o percurso um pouco cansativo. Afinal, a viagem de trem é muito mais cômoda, já que não exige deslocamento até aeroportos, check-in, etc. Estou feliz com esta decisão. Pois as surpresas das viagens e paisagens vistas pelos trilhos têm sido bastante agradáveis. Já ouvimos falar que Innsbruck está pura neve. E é para lá que nós vamos!”
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