Montreal, Canadá: três noites na cidade
Viagem realizada em fins de maio de 2019
Em quarentena devido ao Coronavírus, como boa parte do mundo, vou aproveitando esses momentos de incerteza para aliviar a ansiedade escrevendo memórias de viagens aqui no Viajando com Puny.
Dando continuidade a história de uma viagem a dois, com duração de 58 dias pela Europa e América do Norte no ano passado, hoje vou contar um pouco do nosso roteiro chegando ao Canadá.
Voamos no fim de maio, desde Paris, França, até Montreal, Canadá, pela Air France, em um voo com quase oito horas de duração.
Saímos da capital francesa com um clima bem agradável, um calorzinho gostoso de primavera, e encontramos Montreal com temperaturas frias, abaixo dos dez graus.
Transporte público do aeroporto ao centro de Montreal
Nossa primeira visita à cidade já mostrou os primeiros desafios: como gostamos de usar os transportes públicos locais, quando possível, no aeroporto procuramos a máquina com venda de bilhete para a linha 747E, que nos levaria ao centro da cidade, até o metrô, para ir ao nosso destino final.
O 747E é uma linha urbana de ônibus (roda durante toda a semana, 24 horas por dia) que leva uns 43 minutos desde o Aeroporto Yul Montreal -Tudeau até seu ponto ponto final, Station Berri-Uqam (1621 Rue Berri).
Terminus Longueuil: ônibus saindo dali não estão cobertos pelo bilhete "1 jour' |
Mas nem tudo são flores... Descemos do ônibus e pegamos o metrô em Station Berri-Uqam (Montreal tem boas linhas de metrô) até a Estação Longueuil-université-de-sherbrooke. Dali, poucos passos até o Terminus Longueuil.
Pelas descrições do Google Maps, pensamos que seria mais uma conexão de metrô. Mas na verdade era uma conexão em ônibus. No terminal poucos falavam inglês e tivemos que nos virar falando um "francesinho sem-vergonha", para descobrir o local exato de saída do nosso ônibus.
Perrengues em viagens são comuns. Mas que graça teria sem eles? 😄Após encontrar a plataforma de embarque para o nosso ônibus - com a simpática ajuda dos funcionários da estação -, verificamos que estávamos entrando em um novo distrito, não coberto pelo nosso bilhete "1 jour" e, para piorar, o ônibus com sistema de caixa de coleta de dinheiro, não dava troco... e só tínhamos notas de 10 CAD.
Chegando no bairro de Longueuil |
Sim, o povo canadense é muito gentil!
Hospedagem Airbnb
Chegamos ao nosso destino, uma casa com dois quartos alugada pelo Airbnb, no bairro residencial de Longueuil.
Hospedagem em Montreal estava bem cara, por isso optamos pela hospedagem em Airbnb e, mesmo assim, em um bairro fora do centro da cidade.
Ficar em um bairro residencial tem suas vantagens e desvantagens: ficar fora do centro da cidade, em geral vai exigir que você gaste mais tempo em transporte. Mas poder vivenciar o modo de vida local, andando entre casas, passando por escolas, pegando o ônibus e até interagindo com moradores, pode ser uma experiência bastante enriquecedora.
Não utilizamos Airbnb com muita frequência, mas das vezes que usamos este tipo de hospedagem, temos boas histórias para contar.
A boa surpresa nesta hospedagem foi a graça da decoração da casa - linda! -, aliada a gentileza dos proprietários, Yvon e Chantal, que nos receberam bem e ainda deixaram uma garrafa de vinho sobre a elegante ilha na cozinha.
A cozinha, muito bem montada, nos permitiu preparar algumas refeições caseiras, matando a saudade de comer leve, preparando alguns alimentos que compramos no Mercado de Jean Talon, sobre o qual comento mais adiante nesta mesma matéria.
Deliciosa hospedagem em Airbnb por três dias |
Nesta casa, com dois quartos de casal, passamos três deliciosas noites, podendo aproveitar com muito conforto os passeios pela simpática cidade de Montreal.
Fato divertido: logo que chegamos na casa, saímos pelos arredores a pé, descobrindo que tudo estava um pouco distante. Encontramos apenas um Bingo por perto e foi ali que compramos alguns lanches para aquela primeira noite.
Lanche foi comprado no Bingo |
Montreal é a segunda maior cidade do Canadá com aproximadamente 1.800.000 habitantes e fica localizada no estado do Quebéc.
É a maior cidade bilíngue do mundo sendo o francês seu idioma oficial.
Uma cidade bonita e moderna, conjugada ao seu centro histórico, elegante e bem preservado.
É muito curioso visitar o subsolo da cidade, com ruas, estações de metrô, comércio, serviços diversos, etc.
Logo que chegamos ao centro da cidade, encontramos tudo deserto e frio. Ao ver uma portinha entramos para nos aquecer e nos deparamos com o que depois viemos a saber que se tratava dos importantes
Complexe Des Jardins: vida no subterrâneo garante conforto contra o rigoroso frio canadense |
Complexo des Jardins é um grande shopping center subterrâneo com lojas, restaurantes, um bonito chafariz... e interligado à Place des Arts, que abriga cinemas, teatros e museus. Enfim, muita variedade cultural.
Ambos setores são uma visita que não deve ser perdida. As áreas são construídas em diversos níveis, compostas por ligações de ruas e metrôs, permitindo que os pedestres circulem tranquilamente, abrigados do severo frio canadense.
Esses espaços são servidos por mercados, restaurantes, lojas de roupas, casa e decoração, perfumarias, farmácias, serviços de telefonia, correios, transportadoras, entre outros.
Place des Arts: variedade de eventos culturais |
Subindo a superfície, você estará próximo à
Chinatown
Em Montreal ocupa várias quadras. Além das tradicionais lojas de miudezas e dos restaurantes de comida oriental, há extensas áreas residenciais de comunidades asiáticas, com prédios desde moradias populares até casas bem elegantes.
Chinatown em Montreal é grande e bonita. O típico portal. Centro Cultural. Casas elegantes e prédios populares. |
Vieux Montreal
Área histórica da cidade de Montreal, datada do início do Século XVIII.
Entre muitos prédios de época, destacam-se o Marché de Bonsecour, a Notre Dame de Bonsecour, Hotel de Ville (o prédio da prefeitura) e a Notre Dame de Montreal. Todos estes prédios muito bem preservados.
Marché Bonsecour, Hotel de Ville e Notre Dame de Montreal |
Seguindo para as margens do Rio São Lourenço, encontramos na área revitalizada o Cirque Du Soleil e áreas verdes boas para corrida, caminhada, bike, brinquedos e muita diversão para as crianças.
Outras atrações nesta área são a Roda Gigante de Montreal (La Grande roue de Montreal) e o Museu de Ciências.
Área revitalizada ao longo do Rio São Lourenço, em Vieux Port |
Para amantes de mercados, como nós, o Marché de Jean Talon, localizado no centro do bairro Pequena Itália, é um programa imperdível.
Este mercado em funcionamento desde maio de 1933, oferece desde suculentas frutas, verduras e legumes coloridos até um setor inteiro só de mudas de flores, hortaliças e outras plantas ornamentais prontas para decoração.
É um lugar para se admirar. Aproveitamos a visita para comprar algumas frutas para consumo próprio em nossos dias hospedados em uma casa em Montreal.
Ao fim de três noites na cidade, pegamos um trem em Montreal Gare Central com destino a Quebec Gare Du Palais, em uma viagem com duração de aproximadamente 3 horas e 20 minutos.
Lindas fotos e cada vez escrevendo melhor. Aproveita este momento e publica mais matérias. Já que viagens estão "proibidas".
ResponderExcluirObrigada pelos comentários tão gentis e o incentivo para continuar!🥰🥰
ExcluirLinda e instrutiva matéria
ResponderExcluirUm dia voltaremos a viajar
🙏🙏🙏Se Deus quiser... retornaremos a normalidade!
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