Roma de trem em viagem pela Itália
Viagem em Outubro/2019
Com Roma não foi diferente. Na verdade, a primeira visita à cidade aconteceu em 1995 e, na época, nem foi das cidades prediletas entre todas, em uma viagem de um mês pela Europa.
Em 2017 embarcamos em um navio de cruzeiro pelo Mediterrâneo, que tinha uma das paradas em Civitavecchia, que fica a uma hora de trem de Roma. Tanto tempo sem rever a cidade e fomos lá, desta vez visitando novamente (sem entrar nas atrações) o principal que a cidade oferece, como o Capitólio, Coliseu, Fonte de Trevi, Vaticano e etc, tudo em apenas um dia.
Sempre há o que observar: das tantas fontes de água potável da cidade |
Acontece que encontramos uma Roma totalmente diferente daquela que os olhos viram há 22 anos. Ou nós teríamos mudado? Outra idade, outros interesses e outro olhar...
Por isso, em 2019, em uma viagem de 43 dias pela Europa, que incluía a Toscana, não hesitamos em aproveitar uma tarifa promocional com a TAP, saindo de Roma para Lisboa, e duas noites gratuitas utilizando pontos do Best Western. Pagamos uma diária e passamos 3 noites explorando Roma, mais uma vez.
Desta vez chegamos de trem e fomos almoçar no Mercato Centrale de Roma, que fica colado a Roma Termini, estação onde desembarcamos.
Mercato Centrale de Roma
Adoramos visitar mercados e este tem uma variedade de restaurantes em um ambiente muito alegre e animado pelo ir e vir de viajantes. Não foi fácil encontrar um lugar para sentar mas, com paciência, conseguimos nos acomodar para uma bebida e um prato de massa preparado na hora.
Best Western Picadilly
Dali seguimos de metrô, puxando nossas malas leves, até a estação San Giovanni, próxima ao Best Western Hotel Picadilly, um hotel confortável e bem localizado.
A Via Magna Grecia, endereço do Hotel Picadilly, tem uma variedade de restaurantes e pizzarias no entorno. Por isso, à noite, não precisávamos ir longe para uns drinques, petiscos e jantar.
No Best Western Hotel Picadilly, além de termos feito a reserva com pontos do programa BW Rewards, ainda ganhamos o café da manhã de cortesia para as três noites. Um café bem gostoso, com variedades diversas e o tradicional cappuccino italiano servido tanto no restaurante como no saguão.
Neste restaurante inseri um pão gorducho na torradeira, própria para pão de forma (um tipo de grelha giratória) e quase coloquei fogo no recinto. O meu pão se incendiou! Ao fim, apagado o fogo, os garçons tentavam abanar a fumaça para não disparar o alarme de incêndio. Um pequeno incidente que, passado o susto, foi motivo de gargalhadas por todos.
O roteiro
Desta vez procuramos rever lugares e visitar alguns pontos que não tivemos chance de conhecer em outras oportunidades.
Por isso, no segundo dia na cidade fomos até o Vaticano tentar uma chance de avistar o Papa, mas não era dia de aparição, então demos uma olhada nos arredores e seguimos para o Mercato Trionfale.
Mercato Trionfale
Funcionando no mesmo local desde o século XIX, o Mercato Trionfale fica a uma curta caminhada do Vaticano e é o maior mercado regional de Roma.
Seu interior barulhento, com o típico falatório italiano, abriga uma grande quantidade de barracas vendendo basicamente legumes, verduras, frutas, grãos, peixes.
Não vimos nada interessante para comer na hora. Mas valeu a pena apreciar tantas variedades de tomates, pimentões, alcachofras, uvas e muitos produtos típicos da Itália, como saquinhos para preparo de polenta e uma diversidade de temperos e queijos.
Gostamos muito de visitar mercados por onde passamos e este não decepcionou! Não espere nada grandioso, bonito e limpo, para turista ver. É um mercado frequentado pelos locais, na sua escolha pelo melhor produto para a culinária do dia-a-dia italiano.
Assista abaixo a um curto filme dando uma ideia do Mercato Trionfale:
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Piazza Navona
Saindo do mercado, nosso propósito foi atravessar a cidade a pé, passando pela Piazza Adriana (minha preferida!) e atravessando o centro histórico com destino a Piazza Navona. Uma caminhada lenta, pelo prazer de observar novamente a cidade, como sempre lotada de turistas.
Paramos em um bistrô no caminho, onde almoçamos uma salada com uma taça de vinho, italiano claro!
Entramos em alguns comércios, tomamos um gelato, passamos pelas escadarias lotadas da Piazza de Espana, até chegar a Piazza Navona, que não conhecíamos.
Caminhada preguiçosa passando pela Piazza Adriana, centro, parada para almoço até Piazza Navona |
Nas extremidades norte e sul da praça há duas bonitas fontes: Fontana di Nettuno (1574) e Fontana del Moro (1576), ambas esculpidas por Giacomo della Porta.
Retornamos ao hotel de metrô, após perambular pela bonita região.
À noite comemos pizza pelos arredores animados do hotel.
Piazza Navona e arredores |
Jardins da Villa Borghese
No dia seguinte, um Domingo, aproveitamos para ir passear no parque. Tinha ido à Villa Borghese em 1995 e não lembrava mais da grandiosidade desse parque.
Entramos pela magnífica Porta da Piazza del Popolo, onde entrava também uma bandinha de música, tornando o Domingo completo.
Ao lado da porta fica a Igreja de Santa Maria del Popolo, erguida no século XI, no local onde Nero morreu e foi sepultado. Hoje funciona como um museu e expõe obras artísticas de grande importância de Caravaggio, como a "Conversão de São Paulo" e a "Crucificação de São Pedro", além de vários afrescos de Pinturicchio, entre outras obras.
No sentido horário: Porta da Piazza del Popolo, Obelisco Flaminio com igrejas gêmeas ao fundo, igrejas gêmeas e detalhes da praça. |
No centro da praça fica um grande obelisco Flaminio, de 24 metros de altura, construído no tempo do faraó Ramessés II e levado para Roma por Augusto. Ao seu lado está uma das dezoito novas fontes (1572) projetadas por Giacomo della Porta (o mesmo das fontes da Piazza Navona), após o restauro do aqueduto Acqua Vergine.
Antes de subir para a Villa Borghese, entramos na Igreja Santa Maria dos Milagres (1678) e em seguida na Igreja Santa Maria in Montesanto (1675), as igrejas gêmeas. Assim chamadas, pois ficam uma ao lado da outra e são muito semelhantes.
Subimos as escadarias em zigue-zague até o grande platô, na colina acima da Piazza del Popolo e fomos direto para o Terraço do Pincio. Do seu mirante tivemos uma esplendorosa vista da cidade de Roma, podendo identificar alguns monumentos como o teto da Basílica de São Pedro, as igrejas gêmeas e o obelisco da Piazza del Popolo.
No sentido horário: vista do Terraço do Pincio, densa vegetação dos Jardins da Villa Borghese, Relógio D'água e veículos sobre rodas para aluguel |
Do Terraço do Pincio adentramos por entre os jardins e frondosas árvores da Villa Borghese, indo direto apreciar o famoso Relógio da Água, do século XIX.
Logo adiante fica a Cafeteria do Relógio, um charme que, para amantes de cafés, é uma visita imperdível.
Deixamos para parar lá na volta, para usar o toalete (sempre falo que em viagens é bom mapear as possibilidades de ir a um toalete, já que se passa o dia inteiro na rua a passear).
Faça um passeio virtual pela Villa Borghese assistindo ao vídeo abaixo:
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Os jardins da Villa Borghese foram transformados em parque público em 1903, quando a família Borghese, impossibilitada de suportar os custos de manutenção da vila, vendeu a propriedade para o município de Roma.
No seu interior fica a Galeria Borghese, que é um dos mais prestigiados museus de arte do mundo, expondo grande parte da coleção do cardeal Scipione Borghese, iniciada entre 1576 e 1633.
Passar um Domingo em família nos Jardins da Villa Borghese é um programa bem eclético, que inclui parquinho, aluguel de bicicletas e outros veículos sobre rodas ou, por sua conta, patinar, andar de skate, fazer piquenique, ou simplesmente passear observando as atividades alheias, os espetáculos de artistas que se apresentam em troca de moedas, o que pode ser bem divertido. Tudo isso agraciado pelo verde da natureza e a dádiva do ar puro, que já é um grande programa!
Ao fim da visita fizemos uma parada estratégica no La Casina Dell Orologico (Cafeteria do Relógio,1922) para usar o toalete, tomar um café e comer um dos deliciosos doces da cafeteria. Mas o objetivo principal foi apreciar seu rico interior enfeitado pelos apetitosos doces na vitrine.
Novamente deixamos para fazer a principal refeição à noite, em um dos restaurantes nos arredores do hotel.
No terceiro dia na cidade arrumamos as malas, fizemos check-out do Best Western Picadilly e nos preparamos para ir rumo ao Aeroporto Fiumicino de Roma, para pegar um voo direto para Lisboa.
De Roma para o Aeroporto Fiumicino
Do centro de Roma até o Aeroporto Internacional de Fiumicino (Aeroporto Internacional Leonardo Da Vinci) você percorrerá uma distância entre 32 a 40 quilômetros, dependendo de onde você estiver.
Um táxi para até quatro pessoas poderá custar entre 45 a 65 euros.
Como éramos apenas dois passageiros optamos pelo trem. Para isso pegamos o metrô nos arredores do hotel em Picadilly até Roma Termini (tarifa 1,50 euros).
Na estação Roma Termini compramos dois bilhetes com destino ao Aeroporto de Fiumicino, pela Trenitalia, para uma viagem de aproximadamente 32 minutos. O preço do bilhete foi de 14 euros por adulto.
Gastamos um total de 31 euros. Na pior das hipóteses, fizemos uma economia de 14 euros e ainda fizemos a viagem de forma totalmente independente e agradável pois, para nós, viajar de trem é sempre um bom passeio! Mas para isso isso, viajar leve é essencial!
Confira abaixo a caminhada do Vaticano até a Piazza Navona:
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Dica: ao chegar na estação, antes de ir à bilheteria, cheque no painel de destinos e horários qual o trem viável para a sua viagem. Procure fazer tudo com antecedência, pois imprevistos em viagens acontecem. Mas se você se programa bem, tudo pode ser tranquilo e econômico nos seus percursos. E economia em viagens significa oportunidade de realizar outras!
Antes de programar seu roteiro em uma cidade, leia bastante sobre o que há para fazer, defina o que é prioridade para você e em quanto tempo conseguirá realizar. Não adianta você querer conhecer tudo de uma só vez, quando muitas vezes o tempo não será suficiente. Além de traçar suas metas (não deixe para fazer isso no destino, pois você poderá perder um tempo precioso da viagem), ao chegar a cidade procure obter um mapa turístico, pois facilitará seu entendimento logístico e ainda permitirá que você identifique novas atrações interessantes, que podem estar bem próximas dos lugares que você vai visitar. Isso ajudará você a otimizar sua viagem e criar novas oportunidades!
Você tem outras dicas sobre a cidade de Roma ou gostaria de esclarecer uma dúvida? Deixe seu comentário aqui para nós!
Leia aqui dicas sobre destinos visitados na Itália.
Leia o livro Vivendo Bem com o que Você tem, de minha autoria, e aprenda como administrar as finanças, de modo que sobre uma parte de suas economias para você poder viajar.
Vivendo bem com o que Você tem não vai torná-lo um indivíduo rico, mas vai ajudá-lo a administrar suas finanças no dia a dia, controlando suas despesas nos momentos de bonança ou escassez.
Passeio maravilhoso
ResponderExcluirNão sei como vcs conseguem visitar e curtir tantos lugares sem os atropelos comuns a tantos turistas
Talvez seja a organização, o preparo do roteiro , coisas assim
Parabéns pelas dicas e descrições
Realmente tentadores
Obrigada, Marina! Realmente o planejamento prévio da viagem em detalhes facilita muito à realização do roteiro. Por isso recomendamos sempre aos nossos leitores pesquisarem o lugar onde vão conhecer ao máximo. No passado, por falta de conhecimento, perdemos muitas boas oportunidades que, muitas vezes estavam praticamente ao lado!
ExcluirRoma é ( ou deve se, não conheço) IMBATÍVEL. Pelo menos é o que sentimos, com esse relato e essas imagens!!!
ResponderExcluirÉ verdade, Lúcia! Roma sempre surpreende com novidades! Além de oferecer infinitas atrações, a cidade está sempre diferente com as próprias descobertas de novas ruínas!
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