Cunha, SP - o que ver, fazer e comer!

  Julho/2021

Visitamos Cunha durante uma terça fria de julho, na pandemia. Por isso encontramos muitos estabelecimentos fechados, inclusive o Lavandário e o Contemplário, que eram nossos maiores objetivos. 

Mas isso permitiu que descobríssemos que Cunha tem muito o que ver, fazer e comer, além dessas atrações que imaginávamos ser únicas por lá.

Descubra nesta matéria (quase) todos os encantos que a cidade tem a oferecer!

Cunha

Cidadezinha típica de interior (22000 habitantes) inserida em uma área de planaltos (Bocaina, Paraitinga e Paraibura) e serras, fundada em 1724. Sua economia principal é o agronegócio e artesanatos locais, principalmente a cerâmica. Seu ponto culminante, a Pedra da Macela, tem uma altitude de 1840 metros. Ingredientes perfeitos que tornaram Cunha uma Estância Turística Climática do Estado de São Paulo

O acesso à cidade pode ser feito desde a saída 65 da Rodovia Presidente Dutra ou a partir da cidade de Paraty, por onde passa a BR-101.

Tiny house do Chalés Parque da Montanha: básica com o essencial!
Onde ficamos

Recém vacinados contra a Covid-19 e ainda sem querer nos expor em hotéis, optamos pela hospedagem residencial do Airbnb. Reservamos duas noites no Chalé Sabiá, do Parque da Montanha. Uma tiny house de 30 metros quadrados, rústica e ensolarada, oferecendo o básico para nossos dias por lá. 

Se quiser ver mais detalhes da hospedagem e outras atrações na cidade, assista a este filme no Canal do You Tube do Viajando com Puny.

O que fazer

Na Cidade de Cunha

Tivemos sorte de encontrar a cidade em festa! Apesar da pandemia ter impedido maiores comemorações, as barraquinhas e outros agitos, o centro da cidade estava enfeitado com bandeirolas coloridas e o clima era festivo com homenagens e missas ao Divino Espírito Santo, que ocorrem normalmente na segunda quinzena de julho. 

Através da arquitetura dos templos religiosos, se aprende um pouco da história local. Por isso, não perdemos a oportunidade de visitar duas igrejas de grande importância histórica em Cunha

Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição 

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (foto capa) é de 1731. Seu interior estava sendo revitalizado, mas conseguimos vislumbrar um pouco do seu  rico altar dourado em estilo Barroco/Rococó.

Igreja de Nossa Sra. do Rosário dos Pretos: prédio grandioso e interior simples
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

Tão grandiosa quanto a Matriz, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos fica ao lado de uma praça, com exuberante vista para os morros. Seu prédio data de 1793 e o seu interior, de linhas simples e bonitas, serviu de local de culto para homens negros escravizados e brancos pobres no passado. 

Mercado Municipal

Localizado no centro da cidade é um mercado pequeno mas atraente. Vende artigos bem caipiras como goiabadas, azeites, biscoitos caseiros, balas de caramelo, feijões, pinhão, artigos de couro, hortifrutis, cerâmicas e muitos outros produzidos na região. Vale a pena fazer umas comprinhas ali para levar para casa!

Mercado Municipal: pequeno, charmoso e repleto de variedades
Gastronomia no centro da cidade

Não há como caminhar pelo centrinho de Cunha sem observar o charme das suas lojas de artesanatos, os seus cafés e  restaurantes.

 Nesta visita tivemos a oportunidade de provar os quitutes da Doceria da Cidinha, almoçar no Armazém do Léo (antiquário e alimentos na frente e restaurantes Reale - especialidade Alemã - e Il Pumo - especialidade italiana, com a comida servida em um amplo terraço com vista para as montanhas ), visitar o Café & Arte e levar Esfihas da D. Mira para viagem. 

Mas ficou muito que experimentar, como o Restaurante Melhor Hora (preço por pessoa, com muita qualidade e variedade), o Casarão e o Restaurante Dona Dita (ambos com comida a quilo), entre outros.

Armazém do Léo com antiquário e restaurantes com comida alemã e italiana
Experiência Única

O Restaurante D. Rosa foi indicado como "uma experiência única (...) no Mercado Municipal. (...) um PF muito bem feito, onde todas as pessoas da roça almoçam.(...) todos se sentam juntos e dá pra ter uma ideia de como é a real população da cidade.  A comida é simples, mas muito bem feita.  E é feita para as pessoas daqui, não para turistas. (...) uma experiência muito autêntica.  Muito barato." (Maria Amália - dos Chalés Parque da Montanha).  

Ainda dentro da cidade

A Casa do Artesão e a Rua dos Ateliês

Considerada uma atividade muito importante na região, você encontrará diversos ateliês  de cerâmica espalhados pela cidade.  

A Casa do Artesão possibilita àqueles que não tem seu próprio ateliê exporem sua produção. Ali, além das cerâmicas você encontrará também as joias em prata e outros artesanatos variados. Fica próxima à rodoviária.

Rua das Artes com ateliês de cerâmicas e joias
Já a Rua das Artes, localizada no Parque das Montanhas, concentra muitos Ateliês de Cerâmica e Joias em Prata, Lápis-Lazúli e outros. É uma rua residencial bem simpática com algumas pousadas e restaurantes. Vale o passeio até lá!

Rodovia Cunha x Paraty

Não bastasse a cidade de Cunha oferecer tantas opções, o forte desta estância turística está localizado em sua área mais rural, à beira da estrada que liga Cunha à Paraty

Relacionamos abaixo o que conseguimos visitar e outras opções que ficarão para a próxima oportunidade:

1 - Lavandário de Cunha - nosso objetivo principal era conhecer o Lavandário, um espaço com acesso pago (R$15,00 por pessoa) para ver as plantações de lavanda e uma lojinha com produtos derivados. Mas encontramos a atração fechada, já que estamos vivendo uma pandemia e era terça-feira (abrem de sexta à Domingo e feriados). Culpa nossa, pois não quisemos pesquisar horários e dias para visitação. Apesar de sermos viajantes experientes e planejados, nesta viagem preferimos deixar a vida nos levar.

Encontramos o Contemplário fechado, mas fotografamos uma amostra das lavandas
2 - Contemplário - Assim foi também com o Contemplário, um café à beira de campos de lavandas. Este com entrada gratuita. Mas a necessidade de encher o tempo nos levou a outras atrações que talvez não tivéssemos visitado, caso encontrássemos o Lavandário e o Contemplário abertos.

3 - O Olival - uma área produtora de oliveiras, para extração do azeite de oliva. O lugar, além de lindo, surpreende o visitante com sua plantação crescendo ao som de música clássica. Isso mesmo! Estudos comprovaram que os efeitos da música nas células das plantas favorece um desenvolvimento mais pleno e harmônico dos seus frutos. Ali, em um espaço em total harmonia com a natureza, vendem produtos derivados do azeite e servem refeições durante o dia e sopas aos fins de semana. 

O Olival: lojinha, oliveiras e música clássica

4 - A Fazenda Aracatu é charmosa, com uma ampla loja vendendo desde peças de antiquário, produtos têxteis regionais, hortaliças orgânicas, até guloseimas como pães, bolos, cafés, tortas de pinhão, caldo de feijão no fogão à lenha e muito mais. 

5 - Suenaga & Jardineiro - de acordo com a anfitriã do Airbnb onde nos hospedamos, dentre as diversas cerâmicas de Cunha essa "é coisa de revista! Linda!". E ela tem razão. Ficamos encantados e ali aprendemos um pouco sobre a técnica de queima das cerâmicas em forno Noborigama, desenvolvida pelos japoneses.

6 - A Vinícola Monte Boa Vista também é muito bonita, com um prédio novo, estilo arquitetura da Toscana. Encontramos o terreno sendo preparado para o plantio da uva Montepulciano. Além de uma ampla loja com vinhos e outros produtos derivados da uva, há um restaurante especializado em massas e há intenções da construção de uma pousada no local. 

Suenaga & Jardineiro, coisa linda de revista!
Muitos outros restaurantes e cafés foram mencionados pela Maria Amália nesta rodovia, como o Café & Bistrô Frutos da Serra (shitake orgânico), Restaurante Casa da Serra (cardápio variado e saboroso em um lugar lindo), Restaurante e Pousada Dona Felicidade (buffet mineiro), Casa do Strudel, Raízes (italiano), Ateliê da Cerveja Caminho do Ouro, Café Moara, entre muitos, que só o tempo e muitos retornos à Cunha nos permitirá experimentar. 

Assista aqui vídeo com muitas das atrações mencionadas acima.

Inseguros se seria tempo demais ficar duas noites na cidade descobrimos, ao final da visita, que o tempo foi curto e teremos que voltar. Pois Cunha nos surpreendeu com um sem fim de atrações, muitas delas que nem mencionamos aqui como o Museu Francisco Veloso, a trilha para a Pedra da Macela, a Cachoeira do Mato Limpo e etc. Mas aos poucos, tentaremos conhecer um pouco mais da região e relatar no Viajando com Puny para você.

Arquitetura Toscana na Vinícola Monte Boa Vista e fogão à lenha na Fazenda Aracatu

Agradecemos às informações bem detalhadas sobre o que ver, fazer e onde comer na região fornecidas por Maria Amália, nossa anfitriã no Airbnb. Sem essas dicas certamente nosso passeio nem essa matéria teriam sido tão ricos. 

Agradecemos também ao casal Heitor e Silvia Reali, do Viramundo e Mundovirado, que nos deu um pontapé para seguir viagem rumo à Cunha, com sua linda matéria publicada no Estadão, sobre o Lavandário e o Contemplário

Curiosamente acabamos encontrando ambos fechados à visitação. Mas já estamos de viagem marcada em um fim de semana próximo. Não só para ver as lavandas, mas para explorar o tanto que ficou por realizar em Cunha!

Comente abaixo se você já ouviu falar de Cunha ou se você tem mais dicas da cidade para acrescentar aqui. Sua opinião é muito importante para a gente!

Para ler sobre outros destinos no Estado de São Paulo, clique aqui!

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